Critica – Lá de casa – 21/09/2011

Cortinas

Confirmou: minha vida esta voltando aos trilhos e um dos sinais é a forma como tenho conseguido administrar meu tempo e voltar a frequentar o teatro.

Sempre amei cinema e ao escolher uma profissão cogitei seriamente a 7ª arte mas acabei tomando outro rumo que me fez muito bem e com o tempo me aproximei do teatro.

É no teatro que mais me emociono, sempre falo pra todo mundo que quer passar vergonha é só ver uma peça dramática, saio passando mal ahhaha.

Essa semana fiz jornada dupla, então o post vai ser longo afinal ambas as opções merecem destaque:

Hedwig e o Centímetro enfurecido

Luther é um afeminado rapaz alemão, que vivera no lado socialista do país até se apaixonar por um oficial que promete a travessia para o capitalismo desde que realize uma cirurgia de mudança de sexo.

A operação não sai como esperado e Lhuter se vê preso em um corpo estranho que conta com um órgão sexual de 1 centímetroque dá nome a montagem, a partir dai assume o nome de Hedwig e passa a se apresentar em bares como uma rock star.

Em paralelo, Hedwig persegue um famoso cantor do qual espera créditos pelo sucesso.

A história que já foi filmada em 2001 ganhou uma brilhante montagem brasileira. A personagem principal é representada simultaneamente por Pierre Baitelli e Felipe Carvalido, enquanto seu marido ganha vida pelas mão de Eline Porto.

Música, cenografia e adaptação de texto são impecáveis. Felipe está muito bem e Eline, essencial para a montagem demora a ganhar respeito, culpa do Zorra total que nos deu Julinho Play para comparar com qualquer personagem masculino interpretado por uma mulher.

Mas o show é de Pierre, lindo em todas as suas facetas (além da transexual interpreta também um recatado adolescente e o tal rock star em alguns momentos). Com uma voz que já chamara minha atenção em O despertar da Primavera. O ator está completamente a vontade no papel, crível e cativante a cada frase.

A opção por apresentar uma figura tão complexa quando Hedwig por meio de dois atores só enriqueceu a montagem. Um jogo instigante de cena ajudado pelas vozes do trio ficam perfeitamente encaixado nos acordes e sons de Pedro NogueiraFabrizio IorioMelvin Ribeiro e Diego Andrade que compõe a banda.

Tudo gira em torno da vida daquela coisa, nem homem nem mulher, vitima da vida, de um erro médico e do amor. Sempre penso o quanto é difícil para um transexual viver em um corpo que não é seu e a peça vem cavar um pouquinho mais essa angustia.

 

Postado por Iran Giusti em http://ladecasa.wordpress.com/2011/09/21/sob-as-cortinas/

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2 Responses to Critica – Lá de casa – 21/09/2011

  1. Alissa Fanti says:

    Boa noite , fui assistir á pré estréia da peça , hoje no teatro Nair Bello, e simplesmente amei , me diverti demais, a produção é está ótima, o elenco trabalha super bem e as músicas são simplesmente fantásticas. Vocês estão todos de parabéns!!! Com certeza se eu tiver oportunidade, irei mais uma vez assisti-los na temporada aqui de São Paulo, muito sucesso pra todos!!!

    Beijos

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